Diário de Bordo - Jonas

 

25/06/2006 – Fandango – Ilha Siriba – Ilha Santa Bárbara

De manhã o Egno (funcionário do Ibama) nos passou um rádio dizendo que poderíamos ir visitar a ilha Siriba hoje. Arrumamos o barco e fomos para lá no botinho inflável. A pequena ilha é muito bonita e repleta de atobás brancos, filhotes, atobás marrons e grazinas, pássaros parecidos com os trinta-réis. Há várias piscinas naturais cheinhas de peixes e a vista é linda! Depois do passeio pela ilha fizemos o nosso primeiro mergulho em Abrolhos, vendo enormes cardumes de peixes cirurgiões de todas as cores, budiões e até uma enorme tartaruga! De volta ao Fandango fomos à ilha de Santa Bárbara onde o Flávio nos levou novamente no farol e no “Ponto Fixo”, um lugar lindo, usado para avistar baleias jubarte, cheio de atobás. Também conhecemos a Débora (esposa do Flávio) e a Flávia (filha dele). No Fandango lemos “Luzes do Novo Mundo”, que fala dos faróis brasileiros (inclusive o de Abrolhos) e dormimos.

 

26/06/2006 – Barco – Mergulho – Ilha de Santa Bárbara

Logo cedo preparamos o botinho para irmos mergulhar. Chegando no local do mergulho (a enseada da ilha de Santa Bárbara) amarramos o bote em uma bóia de poita e caímos na água. Acho que nunca vi tantos peixes juntos: frades, budiões, vermelhos-cioba, cirurgiões e vários outros proporcionavam um espetáculo de cores e movimento, acompanhados pelos lindos corais de Abrolhos. A água estava transparente e os peixes nos deixavam chegar bem perto. Foi um dos melhores mergulhos que eu já fiz na vida. Depois fomos na ilha, onde o pai usou o computador e conversamos com o sargento Irã e com o Flávio. Brincamos com a Bé e o Irã nos convidou para ver o jogo do Brasil. No barco estudamos e acabamos “Do Rio à Polinéria”.

 

27/06/2006 – Ilha de Santa Bárbara – Mergulho - Barco

O primeiro programa do dia foi um tanto incomum: assistir ao jogo do Brasil, só que em Abrolhos! O jogo foi muito legal e acompanhado de um ótimo churrasco (huuum). Depois eu e a Carol brincamos com a Flávia e então fomos mergulhar. Novamente um mergulho lindo, mas a maior parte do tempo eu fiquei no bote com a cabeça enfiada na água! O motivo foi um peixe-agulha de proporções gigantescas que me deu o maior susto e um cardume de barracudas (sempre com aquela cara de poucos amigos) que apareceu justo quando o agulhão sumiu.  Vimos, além do agulhão e das sinistras barracudas, três tartarugas, vários frades, budiões azuis e vários outros. Mais à noite nos preparamos para zarpar e dormi.

 

28/06/2006 – Abrolhos (Barco)

O pai nos chamou às 2 horas da manhã para sairmos, porém quando soltamos a poita e ligamos o GPS, este não quis funcionar! Não quisemos sair à noite sem o GPS, então ficamos rodando com o motor ligado para esperar amanhecer. Nossa sorte foi o pesqueiro “Rose e Amanda” que estava indo para o lado abrigado da ilha e, além de nos guiar, nos deixou amarrar na popa deles. Quando fui dormir eram cinco da manhã. Acordei novo e aprendi a mexer com o E-Trex, o GPS reserva. Quando a Carol acordou começamos a ler “O Velho e o Mar”, leitura que continuou pelo dia todo. Fui dormir muito cansado.

 

29/06/2006 – Abrolhos (Barco)

Acordei sossegado, fiz o diário de ontem e fiquei desenhando um pouco. Então o pai começou a falar no rádio com o Martinho, do pesqueiro ao lado. Conversa vai, conversa vem, nos ofereceram um peixe, que aceitamos de pronto. O pai voltou com 4 enormes peixes com carne para, segundo o pai, 4 ou 5 dias! Depois, outra boa notícia: baleia! Soltamos o barco da poita e fomos atrás dela, uma jubarte maior que o barco (pelos meus cálculos). Ficamos um tempão batendo fotos e voltamos para a poita alegríssimos pelo encontro com o lindo e enorme animal. Já na poita lemos “O Velho e o Mar”, brincamos, comemos peixe (almoço), frito e ótimo e tapioca (jantar). Dormi cedo pois talvez tenhamos que mudar de poita.

 

30/06/2006 – Abrolhos - Cumuruxatiba

Partimos bem cedo, dando adeus a Abrolhos (o lugar mais bonito que já vi). Fiquei meio triste por sair deste lindo lugar, mas a vontade de conhecer outros lugares é enorme e, se não fosse ela, eu ainda estaria lá em casa. O vento estava bem fraco e as velas batiam o tempo todo por causa das ondas. No meio do caminho, outra baleia! Infelizmente não conseguimos segui-la por muito tempo, pois ela estava indo na direção dos recifes. Chegamos em Cumuruxatiba no final da tarde, mas deu para ver a beleza do lugar. Jantamos um delicioso peixe assado e estudei, para logo depois dormir.

 

01/07/2006 – Cumuruxatiba

Descemos em terra bem cedo e fomos recebidos pelo Cigano, dono da base de turismo Aquamar e super simpático. Fomos passear na calma cidadezinha baiana, pequena mas muito bonita. Passamos por manguezais e passeamos em uma linda praia, cheia de falésias, admirando a beleza do local. Conversamos com dois pescadores e subimos, por uma trilha, uma das falésias. Fomos no restaurante Catamarã, no alto da falésia. Estávamos sem fome, mas apreciamos a vista e ficamos amigos dos donos, o Rui e a Elizete. Brincamos com os filhotes de Pit Bull deles (bem mansinhos) e começamos a caminhar de volta para a cidade. Chegamos lá esbaforidos e almoçamos no restaurante “Ema”, muito bom. Assistimos ao jogo do Brasil na Aguamar. Perdemos, graças a vários jogadores (principalmente a baleia do Ronaldo) e ao Parreira, que parecia achar que estava jogando pólo aquático. Na saída o hélice do bote enroscou em uma rede e nós tivemos de remar até o Fandango. Cheguei lá acabado e, depois que o pai leu “Velhos Marinheiros”, dormi cansadíssimo.

 

02/07/2006 – Cumuruxatiba

Descemos em terra bem cedo e fomos passear com a Tais (esposa do Cigano), a Janaína e a Marina (filhas dele), que são muito simpáticas. Brincamos na água e passeamos pela praia. Depois fomos com elas no Catamarã, onde comi uma maravilhosa feijoada até ficar mais cheio que um balão. Brincamos bastante por lá e fomos na linda praia do Japará, onde brincamos com pedras coloridas da falésia. Ainda tomamos geladinho no caminho para a Aquamar. No barco eu comecei a ler “O Corsário Vermelho” e dormi.

 

03/07/2006 – Cumuruxatiba – Porto Seguro – Arraial d’Ajuda

Logo cedo levantamos âncora e nos despedimos de Cumuruxatiba, nossa primeira parada no litoral baiano. Na maioria do tempo nós velejamos, só com uma ou outra ligadinha no motor. Novamente vi baleia, só que desta vez, dando um lindo salto de costas!!! Chegamos na barra de Porto Seguro às 3:00 hs da tarde e uma lancha do hotel-marina veio nos guiar até o píer municipal, pois a maré estava muito baixa para irmos para o hotel-marina. Conversamos com o André Gomes e com o Lúcio, da Capitania dos Portos e ficamos sabendo de uma grande coincidência: o Dadi, a Denise e a Kika do trawler Jade estão no hotel-marina também! O Japonês (funcionário do hotel marina) ficou de nos buscar às 8:00 hs da noite, quando a maré já estaria cheia. Enquanto isso fomos passear na cidade. Comi o meu primeiro acarajé, que estava delicioso! Passeamos e voltamos para o “Fandas” (apelido de Fandango), onde estudamos. O nó do cabo de atracação de proa soltou e nós fomos ajudados pelo “Tate”, um cara que estava no píer, super simpático. O Japonês veio nos buscar e nós soltamos as amarras. Porto Seguro vista do mar parece Ilhabela. No hotel-marina Quintas dos Portos, nos colocaram exatamente ao lado do Jade! Depois de atracarmos, conversamos com o Dadi e a Denise. Cansados, fomos dormir.

 

04/07/2006 – Marina – Porto Seguro – Cabrália

De manhã comemos panquecas e fomos conhecer o hotel, que é muito bonito. Então o Tate nos convidou para um passeio. Descobrimos outra grande coincidência: o Carlos, dono do enorme “Scorpion” conhece o pai há vinte anos!!! Conversamos um pouco com ele e pegamos a barca para Porto Seguro. Encontramos o Tate e ele nos levou para um incrível passeio: primeiro fomos no centro histórico de Porto Seguro (que lembra bastante o de Parati, só que menor) onde fomos em uma igreja e no Museu de Porto Seguro (muito bom). Além disso, vimos o marco de posse original deixado pelos portugueses. Depois fomos em Coroa Vermelha, onde foi rezada a primeira missa. É um lugar muito bonito. Ainda passamos no centro histórico de Cabrália, menor ainda do que o de Porto Seguro, mas muito bonito. Esse Cabral teve uma sorte danada de vir parar neste paraíso!!! Em Porto Seguro conhecemos a irmã do Tate e a Renata (filha dele). Ainda almoçamos no ótimo restaurante “Portinho” e conhecemos o pai do Tate. Voltamos para o hotel só para tomar banho (o primeiro de água doce em dez dias!) e toca voltar para Porto Seguro. Novamente encontramos o Tate e a Renata para passear na “Passarela do Álcool”, onde comemos uma tapioca deliciosa e sorvete (que estava em uma promoção e custou a metade do preço). Encontramos rapidinho com o Dadi, a Denise, o Carlos e a Andréa (namorada do Carlos), mas só deu para um “oi” e um “tchau”. Voltamos para o Fandango e dormi rapidinho.

 

 05/07/2006 – Marina – Arraial d’Ajuda - Porto Seguro

Saímos para passear com o Tate bem de manhãzinha. Fomos passear em Arraial d’Ajuda, lugar muito bonito. Primeiro tomamos um ótimo café da manhã na pousada do Tate e depois fomos no Eco Parque (sugestão da Tais de Cumuruxatiba). Lá conhecemos a bióloga Renata, que cuida de um projeto de corais no parque e nos agendou uma visita nele amanhã. O engraçado é que ela é amiga de dois amigos nossos de Ilhabela! Depois fomos no centrinho de Arraial d’Ajuda onde passamos na igreja de lá (muito bonitinha)e no restaurante São João, de uns amigos do Tate. Passeamos por lá mais um pouco e fomos na linda praia de Pitinga e na praia do Parracho, que tem esse nome por causa da família do Tate. Depois nos despedimos e voltamos para o barco. Almoçamos no “Portinha” de novo e tomamos um ótimo sorvete. Voltamos para o barco e fizemos nossas obrigações, depois fomos de novo para Porto Seguro. Encontramos o Tate e comemos um acarajé maravilhoso! Depois pegamos o Elton (amigo do Tate que também nos ajudou no píer) e fomos comer caldo, só que eu já estava cheio e não quis. Na barca para o hotel conhecemos uns portugueses muito simpáticos, com quem conversamos muito. No barco, o pai leu “Velhos Marinheiros” e eu dormi.

 

06/07/2006 – Marina – Eco Parque – Trancoso

Acordamos bem cedo e logo saímos para passear. Pegamos uma van para o Eco Parque e lá conhecemos o Romário, que também trabalha no projeto de corais (projeto Coral Vivo). O parque é enorme, mas o melhor são os corais. O Romário e a Renata explicaram tudo muito bem e o projeto é super legal! Tiramos várias fotos e passamos para o próximo roteiro do dia: a vila de Trancoso. O lugar é MUITO bonito, com uma linda igrejinha e, para variar, um restaurante Portinha! Como não deu para resistir ao cheiro, comemos lá mesmo. Depois fomos em uma linda praia, com rio e tudo! Ficamos um tempão por lá e pegamos um ônibus para a volta. Na marina conversamos com o Dadi, a Denise e o Carlos. Brincamos com a Kika e fomos conhecer o Scorpion, o enorme barco do Carlos. O barco é lindo e nós ficamos um bom tempo batendo papo com o Carlos e a Andréa.

 

07/07/2006 – Marina – Porto Seguro

Logo cedo fomos para Porto Seguro fazer compras. Depois voltamos à marina, guardamos tudo e retornamos para Porto Seguro com o Dadi, a Denise, o Carlos e a Andréa, afim de almoçar no “Portinha”. Comi muito bem. O Tate também estava lá, o que tornou o almoço uma reunião especial de amigos. Passeamos pela cidade e voltamos à marina vendo um lindo pôr-do-sol. Mais à noite fomos novamente à Porto Seguro para pegar bandanas com o símbolo dos “Três no Mundo” que o pai havia encomendado. Ficaram lindas! De volta à marina o Carlos e a Andréa foram conhecer o Fandango e nós batemos um papo por um tempo. Fomos tomar banho e lemos “Os Velhos Marinheiros”.

 

08/07/2006 – Marina – Praia do Apaga-Fogo – Arraial d’Ajuda – Memorial dos 500 Anos – Porto Seguro

A primeira coisa que fizemos hoje foi ir à praia do Apaga-Fogo passear. Lá encontramos o Rui e sua esposa, dois dos portugueses com quem conversamos no dia 6. Conversamos e nos despedimos. Eu e a Carol entramos na água, que estava ótima. Passeamos pela bela praia vendo os corais e os vários ouriços-do-mar na areia. Há um ponto na praia onde os corais formam uma piscina profunda e cheia de peixes nas bordas. Andamos até Arraial d’Ajuda e almoçamos no “Portinha” de lá. Passeamos e depois fomos para Porto Seguro, onde pegamos um ônibus para o memorial do descobrimento do Brasil. A exposição é muito legal e há uma réplica em tamanho natural da nau capitânia de Cabral! Compramos um presente para o Dadi e a Andréa, que fazem aniversário esta semana. De volta à marina, respondemos a e-mail’s, vimos um pouco de TV e estudamos.

 

09/07/2006 – Marina

Logo cedo o Tate e o Elton vieram conhecer o barco. Demos uma bandana para cada um e ficamos batendo papo por um bom tempo. Depois, eu e a carol fomos brincar com meu barquinho na piscina e em seguida fomos ver o jogo final. Foi um jogaço! Era assim que o Brasil devia ter jogado, cheio de garra! Só não entendo o que deu no Zidane para fazer a falta que o tirou do jogo, um péssimo jeito de acabar a carreira. Voltamos para o barco e jantamos um delicioso risoto de lingüiça e cenoura (hum). Combinamos com o Dadi, a Denise, o Carlos e a Andréa de ir bater um papo no hotel. Levamos petiscos e suco e o Dadi trouxe vinho para os adultos. Batemos papo e começamos com diversões variadas, indo desde um show de mágicas até o jogo “Imagem e Ação” do Dadi. Aconteceram várias coisas engraçadíssimas, como uma vez em que a Denise estava fazendo mímica (nós jogamos “Imagem e Ação” com mímica) para sinalizar “parque de diversões” e a Andréa achou que era o “Flipper” andando de jet ski!!! Foi gargalhada geral! Afora essa, houve outras tantas e eu até perdi a conta de quantas! Acabado o jogo, fomos dormir, pois já era 1:30 hs da manhã!!!